Lucho força saída

Ainda não há data para o regresso de Lucho aos trabalhos do FC Porto, mas é quase certo que o argentino não virá hoje ou amanhã, o que o deixa fora dos planos de Jesualdo para o Torneio de Roterdão.

Depois de terminar a Copa América, Lucho teve direito a duas semanas de férias, o que já não acontecia há dois anos, e solicitou à SAD portista mais uns dias para tratar de assuntos particulares. Uma versão “simpática” de uma história que está por contar, mas que contempla um nítido esticar da corda por parte do jogador. Lucho, recorde-se, não escondeu a sua vontade de aceitar a mudança para Valência desde o primeiro momento em que se soube do interesse do clube espanhol.

Até ao fim da tarde de ontem, os responsáveis do FC Porto não tinham a informação precisa do regresso do jogador. E estes são os dados que existem, acrescidos de um pormenor significativo: o Valencia tenta ganhar argumentos com este inusitado atraso daquele que foi o capitão dos dragões na época finda.

Tripartido

Já com Lucho na Copa América, o Valencia avançou para a sua contratação, mas esbarrou nas exigências dos dragões, que pediram perto de 20 milhões de euros. Nessa altura, Marcelo Simonian, empresário do jogador, chegou a afirmar a Record que Lucho “até ia a nado para Valência desde a Venezuela”, onde estava com a selecção argentina. Um claro sinal do desejo do jogador, que terá até chegado a acordo de verbas com o clube espanhol. Entretanto, o sueco Kallstrom surgiu no enredo, como estando até acima das preferências para o meio-campo do Valencia, mas ontem o próprio jogador e o Lyon, onde joga Kallstrom, desmentiram qualquer abordagem “séria”.

O FC Porto, já se sabe, não está em posição confortável. Só detém 50 por cento do passe de Lucho e tem de cobrir a outra metade no caso de recusar uma proposta. Ou seja, se não aceitar 18 milhões, tem de dar 9 à empresa que detém os restantes 50 por cento. E até o Huracán, primeiro clube de Lucho, torce pela venda, dizendo-se detentor de 5 por cento do passe...